domingo, 10 de outubro de 2010

Contemplação

Noite a dentro, perdida no tempo. Era frio. A noite estáva perfeita. Haviam estrelas no céu. Havia uma lua e nuvens. Na cidade, pouco movimento. Tava intrigada com uma coisa que sempre a intriga. Mas preferiu ignorar dessa vez. Tava triste, com saudade do que não teve, com medo do já conhecido, com desejo pelo previsível. Iria dá tudo certo. Parou no tempo depois do choque que tomou. Fora passada para trás. Não se deteve. Horas depois as coisas começaram a circular. Medo, desejo...Gotava do que estava acontecendo. Do carinho. Da proteção. Da diversão. E mais ainda do que tudo isso causava nos que estavam em volta. Provocou sentimentos tão impuros em algumas daquelas pessoas. E quis perder-se nos braços dele, dormir ao seu lado(do jeito que estavam), sentir o gosto do seu beijo, pois outrora sentira o gosto dos seus lábios encostados aos seus. Sentiu a força do olhar que penetrara a alma. Alma essa, indefesa. E quis que aquele minuto congelante, congelasse por toda eternidade. Queria estar alí por todo o tempo que lhe foi dado. A sensação de ter encontrado a metade que lhe completa em outro ser, em outra alma. Mas não é a hora certa pra serem um só. Os corações ainda não estão limpos para receberem o que um tem a dá ao outro e por isso ainda não podem serem felizes. Mas há de chegar a hora, e certamente serão um do outro. Pois já perceberam: se contemplam. E se completam.

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